domingo, 27 de fevereiro de 2011

Coreia do Norte ameaça Sul e EUA com "guerra total"

A Coreia do Norte ameaçou com uma "guerra total" em resposta a manobras militares de tropas sul-coreanas e americanas previstas para ocorrer a partir de segunda-feira, e instou Seul a deter a propaganda na fronteira, em um clima de forte tensão na região. Pyongyang liderará uma "guerra total" em "represália" aos treinamentos militares e transformará Seul em um "mar de fogo", informou neste domingo a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.
"O exército e o povo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) responderão com uma dissuasão nuclear, reforçada à nossa maneira para fazer frente à ameaça nuclear contínua (...), e nossos próprios mísseis (realizarão) uma ação contundente frente à sua maligna tentativa de eliminar nossos mísseis", disse a agência.
Em torno de 200 mil soldados sul-coreanos e 12,8 mil americanos participarão das manobras, classificadas pelo Norte como uma preparação para a guerra.


As manobras dividem-se em duas partes: um treinamento do comando militar que ocorrerá até 10 de março e outro aéreo, naval e terrestre, até 30 de abril.

Os exercícios baseiam-se em diferentes cenários, como uma queda repentina do regime norte-coreano e um êxodo em massa de refugiados, atos de provocação ou a busca de armas de destruição em massa, segundo a agência sul-coreana Yonhap. O exército americano prevê mobilizar durante as manobras seu porta-aviões de 97 mil t, o "USS Ronald-Reagan".

A advertência de Pyongyang contrasta com seus recentes chamados para negociar com os Estados Unidos, depois do fracasso das negociações militares com o Sul no início do mês, quando responsáveis norte-coreanos puseram fim a uma reunião preparatória.

As relações entre as duas Coreias pioraram devido ao afundamento, em março de 2010, de um navio sul-coreano, atribuído ao Norte, e ao bombardeio, em novembro, de uma ilha do Sul por parte do exército norte-coreano. No total, 50 sul-coreanos morreram nesses dois incidentes.

Pyongyang afirmou em diversas ocasiões que o bombardeio de novembro foi em represália às manobras do exército sul-coreano. Posteriormente, Seul realizou uma série de manobras militares, como uma demonstração de força frente à
política agressiva do norte.

O Sul também retomou o envio de material de propaganda para o outro lado da fronteira norte-coreana, uma iniciativa suspensa desde 2000.

Neste domingo, a Coreia do Norte ameaçou, segundo a KCNA, abrir fogo contra a Coreia do Sul caso siga enviando propaganda. Os militares norte-coreanos lançarão "ataques diretos e seletivos" na direção da zona fronteiriça, onde ativistas e militares (sul-coreanos) continuam com o lançamento de globos com lemas antigovernamentais, informou a aGência norte-coreana.

A Yonhap afirmou na sexta-feira que o exército sul-coreano enviou ao outro lado da fronteira globos com informações sobre o movimento de revolta no Oriente Médio e no Norte da África.

Fonte: http://noticias.terra.com.br

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